Foi assim que a conheci, era o único nome a qual respondia... Gata... quase que uma construção mental de uma pessoa, um esboço, composta por curvas encadeadas que fui colocando na minha mente enquanto do outro lado de um túnel de fibra óptica estava uma pessoa real... Gata... Seria semelhança com o felino propriamente dito? Ocorria-me a famosa, e fascinante, arte de brincar com os ratos... seria eu o rato encurralado a um canto por entre frases de uma gata?...
Às curvas fui adicionando pormenores de personalidade, traços e características, tiques, comportamentos, formas de sentar, de estar à mesa, de pegar numa chávena de café... de como mexeria no cabelo do qual desconhecia o comprimento... Gata!
Acabei por a conhecer... meses mais tarde, e do esboço que fiz, nada tinha a ver com a realidade... nem olhar felino, nem tiques, nem a forma de pegar na chávena... nem sequer gostava de café! Um pouco à semelhança de quem usa dinamite... ela usava a sua própria imaginação para ser alguém.
A Gata nunca o foi.
sábado, 5 de julho de 2008
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5 comentários:
Como eu sei bem o que é isso. Projectarmo-nos noutra pessoa, sermos o que nunca fomos ou poderemos ser.
Tentar ser X para agradar ao Y.
É complicado....
Aqui foi não foi uma tentativa de agrado, foi mesmo um erro de avaliação por a ter feito à imagem que eu desejava.
na internet, quase nada é o que parece
Diria mesmo, nada é o que parece, mas ainda assim há surpresas pela positiva :)
sim... ainda as há ;)
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