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segunda-feira, 30 de junho de 2008

Elsa, Hélia & Teresa

Falando de professoras...
Creio que todos tiveram uma professora por quem tiveram uma paixão platónica, eu não fui excepção, a Elsa era uma recém formada professora de inglês, não sofria do afastamento crónico causado pela diferença de idades entre aluno e professor... ainda há pouco havia deixado de ser aluna, e isso notava-se no seu à vontade com que dava as aulas e comunicava com qualquer um dos alunos... a Elsa, recém licenciada, recém casada, seria sempre lembrada por um dia, um dia em que numa aula, para que pudesse ler as legendas de um filme que víamos, usou óculos... foi a machada final, e geral, que encantou toda a turma masculina!
A Hélia era exactamente o oposto, era uma professora em que a idade já lhe dava um estatuto, uma distância... o que tinha de especial? O facto de me ter considerado um "diamante em bruto", e de, por razões da sua outra profissão, era escritora com obra reconhecida no meio, ter achado que eu poderia ser melhor, e não desistiu enquanto não deixou marca. Mesmo se, ainda hoje, cometo erros ao escrever, a enormidade (e barbaridade) de erros que não cometo, é a ela que o devo!
Outras vezes há, em que o interesse da professora no aluno é, não como no caso da Hélia, mas o inverso da situação da Elsa... a Teresa, foi uma dessas professoras.
Por razões incompreensíveis para mim, como aluno e como homem, caí nas graças da professora Teresa enquanto colega de turma da filha mais velha... recordo-me de ter, numa aula de trabalho em grupo, pedido a presença da professora para tirar uma dúvida... com o cotovelo poisado na mesa, tinha a mão levantada, e ela, com toda a delicadeza, abraçou-me o braço direito junto ao peito... não sendo eu canhoto, e tendo ela debitado informação suficiente para encher diversas páginas de cadernos de apontamentos... ali fiquei eu... de braço perfeitamente imóvel aconchegado nos seios da professora. Este foi apenas o primeiro de muitos contactos auto-satisfatórios da professora Teresa!One professor to passion them all, one professor to teach them, one professor to tempt them all, and in memories bind them all.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Elisa

A Elisa era um daquelas raparigas que julgam que sabem tudo da vida e que estão cá para ensinar os outros.
Entregava-se nas suas buscas e tentativas de ajudar o proximo.
Por entre jogos de palavras e sedução ela conduzia a sua vida por caminhos que julgava conhecer.
Mera ilusão, pois como se costuma dizer há sempre alguém melhor que nós.
Apostou que seria apenas mais um jogo, jogo esse que levaria a melhor e que saíria vitoriosa como havia sido hábito até então.
Tentando pregar uma doutrina que julgava ser a suprema, enveredou no maior jogo da sua vida.
Anos lutou contra a maré, tentando subjugar os sentimentos alheios e jogando palavras por entre as ondas do mar...
Um dia... já cansada da luta e do caminho que havia feito até então, baixou os seus braços...
Abandonando assim o seu objectivo...
Alguém saíu vitorioso, pois uma luta de tal natureza, não se trava sozinha...
Quanto à Elisa, perdeu o seu rumo...
Tenta agora lamber as feridas deixadas pela luta no fervor da batalha...
Contentando-se agora com meros bonecos que tem a certeza de conseguir vencer...
Tão depressa não levantará a sua cabeça para olhar em objectivos que não consegue atingir...
Como uma Rosa... bela para atrair toda a gente em seu redor com o seu aspecto resplandecente e o seu doce aroma... para no fim deixar cair as petalas e cravar os seus espinhos fundo na pele... assim foi Elisa...
O que aprendeu com isto?
Que não se deve tentar dar um passo demasiado grande se a perna não tem alcance... há sempre risco de o apoio nos falhar e ficarmos sem local onde nos agarrar...