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domingo, 20 de julho de 2008

Ana S.

Boas memórias e recordações tenho desta senhora.
É daquelas pessoas cuja presença não passa despercebida.
Loura, dotada de uma boa forma fisica.
Loura... mas não tem nada de burra.
Já viveu a sua cota de situações menos agradaveis ao longo dos seus 38 anos de existencia.
Um casamento por impulso e no furor da paixão, providenciou-lhe uma nova forma de ver a vida e o mundo que a rodeia.
Meses de sofrimento e de perseguição, embutiram-lhe ume sensação de medo e deram-lhe simultaneamente uma força muito grande e vontade de saborear a vida.
Rebelde, responsavel, confiavel, com um sorriso na cara em qualquer ocasião. Senhora que luta pela sua vida, não perdendo uma oportunidade de sair com os seus amigos e divertir-se quando pode.
Mantendo sempre o seu próprio nível de responsabilidade e moderação, tornou-se naquilo que se pode considerar um exemplo a seguir...

Mesmo quando tudo parece perdido, há que saber olhar em frente, sorrir, levantar a cabeça e continuar a caminhada...

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Alexandra

A professora Alexandra era como tantos outros casos... uma professora recem formada...
Acabada de tirar o seu curso em geologia, foi colocada na minha turma a dar aulas de Mundo Actual...
Por entre a sua simplicidade, beleza e simpatia, fez tremer o coração de muita gente...
Por ironia do destino, uma vez que fiquei na sala durante o intervalo, a terminar mais uns apontamentos...a conversa foi iniciada entre nos.
Um local em comum marcou o inicio de um à-vontade muito superior ao habitual.


Évora, cidade da minha vida... Évora, cidade onde ela estudara e fizera o seu curso...
A empatia foi imediata...foi o inicio de longas conversas entre nós...
Desde locais na cidade a pessoas, descobrimos que ja haviamos cruzado caminhos anos antes...
As suas saudades pela cidade eram bastante intensas...
Ao que lhe respondi um certo dia"Tens saudades de lá? Vamos então, agora mesmo matar saudades..."
Os seus olhos brilharam e eu fiquei surpreso quando a sua resposta foi afirmativa...
Assim foi... dirigimo-nos os dois para o meu carro, o meu velho Pantera companheiro de estradas...
Apos uma viagem de 140 km's sempre em plena forte conversa, algo sucedeu...
Talvez levada pela emoção de estar de volta a uma cidade que a marcou, abraçou-me forte contra o seu peito...
Levou-me a um sitio que conhecia (eu tambem conhecia, mas não lho disse...)Um velho e milenar miradouro do qual se pode observar toda a cidade...
Eram agora 23:00 e estavamos sozinhos...so nos, as estrelas, a luz... e a vista da cidade...
Soprava uma suave brisa e os seus cabelos ondulavam gentilmente...
Bastou um cruzamento de um olhar para que o vento parasse, os bichos nocturnos ficassem mudos e que o tempo congelasse a nossa volta...
Abri a boca para pronunciar algo... mas antes que o pudesse fazer... o seu dedo indicador pousou sobre os meus labios a pedir silêncio...
Ao seu dedo indicador seguiu-se o doce toque dos seus labios...
Ficámos ali abraçados, como um par matemático que o tempo dividira por dois e que se reencontrara por fim no resultado da equação...
Entre caricias e desejos, fizemos amor ternamente sobre o ceu estrelado, tendo apenas a lua como testemunha ate que o sol nascesse para tomar o seu lugar...
O tempo e as circunstancias... infelizmente, nao foram bondosos para connosco... e o meu curso terminou...
A distancia que separava o resultado veio lentamente tomando de volta o seu lugar...
A Alexandra seguiu um caminho diferente do meu...
A sua memoria e o toque dos seus labios permanecem gravados em mim...
E cada vez que vou ao monte, sinto o seu perfume no ar...
E a brisa que sopra, é a sua mão que me acaricia a face...
Sei que pensa em mim e se lembra de mim... Sinto-o...
Os nossos caminhos voltar-se-ão a cruzar um dia... e será no mesmo monte... a brisa assim mo anuncia...

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Antónia

O sentimento de um chupa-chups na montra de uma loja de doces quando os olhos de uma criança o fixam, será certamente semelhante ao de quando uma mulher muito mais velha olha para um rapaz (note-se o pormenor de mulher vs rapaz em vez de homem), o mira de alto a baixo repetidas vezes, o elogia sem encontrar as palavras certas, e, este é que é o pormenor que arruina a cristaleira, lambe os lábios enquanto tenta interligar palavras para formar uma frase... nas barbas do marido!

Talvez seja só, e apenas, imaginação... mas, just in case... mantenha a distância de segurança!!!

terça-feira, 24 de junho de 2008

Ana

Fotógrafa e modelo, tirei-lhe centenas de fotografias... quando a conheci estava na fase entre ser menina e ser mulher. Não sendo eu um exemplo de virtudes, teimei, forcei, empurrei-a no sentido de "crescer", de ter uma "vida própria" só dela, de que no fundo a nossa relação seria o melhor das duas partes. Acho que nunca percebeu o facto de a incentivar a ter amigas e amigos com quem convivesse sem que eu estivesse presente.
Com o passar do tempo o sentimento desapareceu... cada um foi à sua vida, com aquela velhinha frase "vamos ser amigos" a dar o mote... ela assim o não quis, e fez questão de marcar um posição de distanciamento... movida pelo ciúme doentio que tinham de todos os que a rodeavam...
Mais tarde, findado esse seu relacionamento à distância, já sem contactos de ninguém, voltei a falar com ela... os seus olhos diziam-me "volta para mim"... e o seu abraço dizia "tu sempre foste bom comigo"...

Entre os homens há os jardineiros... os que cuidam, tratam, mimam e fazem de tudo fazem para que "quem está consigo" seja feliz, amada e, no entanto, independente... outros há que são como o escaravelho da batata, como o míldio ou como a chuvada intensa fora de tempo... só servem para f0der tudo!

Ah pois! E eu é que sou o elefante!

sábado, 21 de junho de 2008

Alexandra

"Sabes onde ficava bem essa tua roupa? Toda amarrotada aos pés da minha cama!"

Longa foi a estória com a Alexandra, pulvilhada de avanços e recuos, ora num momento as "coisas" (usualmente denominadas por jogo do "engate") davam saltos gigantescos na direcção dos "jogos de acção", ou simplesmente, e vindo do nada, um iceberg se formava capaz de afundar diversos titanic's... em série! Que se lixe! Abdiquei e, farto de tanta indecisão, fui à minha vidinha de solteiro sem jardim.
Meses se passaram em que o contacto com a Alexandra foi diminuto, para ser franco foi mesmo inexistente, e eis que... senão quando... se combina um café! Esse tão Português hábito de beber água castanha levou-a a minha casa, e num momento em que me ausentei da sala por um motivo qualquer, ela, no sofá, ficou à vontade. Não devo ter tardado mais que dois minutos, e quando regressei à sua presença... estava deitada... e nua!

- Vem ter comigo... ou vais ficar aí de pé a olhar para mim?

Vi o seu corpo nu... integralmente nu... e pegando na roupa que ela havia colocado nas costas de uma cadeira, disse-lhe...

- Veste-te e sai... assim não tem piada.

(clicar na foto para conhecer Amedeo Modigliani e a sua obra)

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Andreia

Andou por cá uma rapariga que o seu maior dilema eram os vícios... não, não eram os vícios dela, eram os vícios que ela achava que eu tinha!
Por fumar, um vício tremendamente prejudicial eu bem sei, ela considerava que eu era propenso a fumar outras coisas, daquelas que fazem rir... mas ela por sua vez, fumava quando saia à noite com as colegas da universidade, e tomava comprimidos para tudo e mais alguma coisa... algo a que me nego prontamente.
Por beber em ocasiões especiais, ela considerava-me quase um alcoólatra... mas nunca me viu bêbado... e esta é a história da Andreia!

Uma bela noite de convívio a celebrar o aniversário de dois amigos de longa data, a cerveja foi aparecendo na mesa. Como condutor consciencioso, bebi duas imperiais, e ela, bebeu... bem, francamente não sei, mas bebeu bastante. Bebeu tanto que, já à porta de casa desata numa choradeira de baba e ranho dizendo que não era feliz... isto é realmente bom para o ego de qualquer homem!... ora eram os pais, ora a irmã, ora o facto do céu ser azul, dos bosques terem esquilos e do mundo ser redondo e ter quatro cantos, tudo era razão para não ser feliz... boa rapariga, estás a fazer milagres! Era tarde, ou cedo, e decidiu sair do carro para ir para casa... qual bola de ping-pong a esbarrar em tudo o que encontrava pelo caminho até à porta do prédio onde o meu ex-futuro-sogro a esperava... e o bêbado era eu?