quinta-feira, 19 de junho de 2008

Elisa

A Elisa era um daquelas raparigas que julgam que sabem tudo da vida e que estão cá para ensinar os outros.
Entregava-se nas suas buscas e tentativas de ajudar o proximo.
Por entre jogos de palavras e sedução ela conduzia a sua vida por caminhos que julgava conhecer.
Mera ilusão, pois como se costuma dizer há sempre alguém melhor que nós.
Apostou que seria apenas mais um jogo, jogo esse que levaria a melhor e que saíria vitoriosa como havia sido hábito até então.
Tentando pregar uma doutrina que julgava ser a suprema, enveredou no maior jogo da sua vida.
Anos lutou contra a maré, tentando subjugar os sentimentos alheios e jogando palavras por entre as ondas do mar...
Um dia... já cansada da luta e do caminho que havia feito até então, baixou os seus braços...
Abandonando assim o seu objectivo...
Alguém saíu vitorioso, pois uma luta de tal natureza, não se trava sozinha...
Quanto à Elisa, perdeu o seu rumo...
Tenta agora lamber as feridas deixadas pela luta no fervor da batalha...
Contentando-se agora com meros bonecos que tem a certeza de conseguir vencer...
Tão depressa não levantará a sua cabeça para olhar em objectivos que não consegue atingir...
Como uma Rosa... bela para atrair toda a gente em seu redor com o seu aspecto resplandecente e o seu doce aroma... para no fim deixar cair as petalas e cravar os seus espinhos fundo na pele... assim foi Elisa...
O que aprendeu com isto?
Que não se deve tentar dar um passo demasiado grande se a perna não tem alcance... há sempre risco de o apoio nos falhar e ficarmos sem local onde nos agarrar...

3 comentários:

Anónimo disse...

Profundo....

Elefante das Neves disse...

Soa-me a queda do altar... descida à realidade.

Angélika disse...

A ilusão é fdd

FG.