domingo, 20 de julho de 2008

Penélope

Tivemos a sorte de ter um dia de sol, ou direi antes, um fim-de-semana de sol...
Há anos que não andava de comboio... e o meu avô sempre me disse que a maneira correcta de sair com uma rapariga era de transportes públicos... a ideia foi dela... ele sempre me disse que deveria pagar o bilhete de ida e esperar que a rapariga fizesse o mesmo à volta... ela antecipou-se mesmo na ida...No dia das "primeiras vezes após anos", um sábado, o horizonte foi tomando cor com o toque da Penélope. Um toque decidido, firme, forte, com garra... mas visivelmente terno.
Ao fim do dia, quando a levava a casa e conduzia o mais devagar possível pelo prazer da sua companhia, ouvi-a dizer - Adorei este fim-de-semana... vou ter saudades. - entre ouvir a frase e chegar à porta foi apenas uma curva... parei... lembro-me nitidamente de ter pensado "Não me abraces!"... pois foi isso que a Penélope fez... abraçou-me! E nesse abraço, eu, de nariz enterrado nos cabelos dela, embriagado, perdi-me... francamente, ainda me perco só ao fechar os olhos ao pensar nesse instante... e sinto o arrepio, o desejo e o receio do beijo que se seguiu...

Estaria pronto para tal? Dois dias depois acordei violentamente ao bater na traseira de outro automóvel... confirma-se! Era um novo começo... estava apaixonado!

3 comentários:

Jardineiro disse...

esta onde menos se espera...
à esperita em cada curva...
à espera da oportunidade de nos consumir...

;)

Anónimo disse...

Ahhhhh o amor! Que nos deixa embriagados... Só espero agora não bater em nenhum carro, tenho de ter cuidado. =D lol

Angélika disse...

AMEI; o texto
:)