quinta-feira, 3 de julho de 2008

Sandra

A Sandra era casada com um amigo meu de infância. Tinha sido um casamento algo conturbado, ela instalou-se na casa dos Sogros que nem uma carraça se instala num cão, e começou a fazer o que todas as carraças fazem: Chupar o sangue dos seus hospedeiros.

Na minha opinião, ela aproveitou-se da fraca personalidade do meu amigo, para arranjar um casamento de conveniência. De qualquer modo, pouco me importava, não era problema meu...

...mas passou a ser em pouco tempo. O meu amigo tinha de fazer entregas de móveis a qualquer hora do dia, e num certo sábado de Verão, estávamos os dois em casa dele a ver televisão, um daqueles filmes que já deram 300 vezes na TV.

Ele foi chamado para uma entrega, e como era coisa para uma horita apenas, pediu-me que ficasse á espera dele, para depois irmos lanchar. Procurei então, colocar-me á vontade, e estendi o braço para o lado, nas costas do sofá, numa típica posição de relax...

Poucos minutos depois de ele ter saído, a senhora Sandra, 1,65m, pronúncia francesa típicamente filha de emigrantes, veio ter comigo por trás desse sofá, e colocou-se de modo a que os seus fartos seios ficassem estrategicamente colocados em cima da minha mão.

É espantoso o engenho destas mulheres... Se ainda aí houver cépticos questionando-se se terá sido mera coincidência, irão ver as vossas dúvidas dissipadas dentro de algumas linhas.

Eu fiquei estático, mais imóvel que o homem estátua da Rua Augusta... Aqueles segundos em que sentia perfeitamente ambos os fartos seios da Sandra pareceram uma eternidade. Mas fui mais forte que ela e resisti á tentação de lhes mexer.

Então ela saiu daquela posição, e veio sentar-se ao meu lado. Bastante encostada a mim, como se quisesse aninhar-se em mim. Novamente, não reagi, mas comecei a pensar bem no que me estava a acontecer.

Sentia-me á beira de um precipício com milhares de pessoas a empurrar-me para o abismo. Tentei resistir ao máximo, mas para tudo existe um limite, e a Sandra estava disposta a ultrapassá-lo.

Ela levanta-se então, e diz-me:
-Como sei que tu costumas ser um rapaz que gosta de ir ás compras com as tuas namoradas, bem que me podias dar uma opinião, visto que o Duarte só pensa em carros.

Vê lá se este fio dental me fica bem? Sê sincero e vê com atenção...

E nisto ela vira o seu belo rabo para mim, puxa as calças para baixo, e faz questão que eu veja o tal fio dental cor de rosa, rendado, que lhe assentava terrivelmente bem no seu traseiro.

Resisti o mais que pude, mas isto já era demais... Fiz-lhe a vontade, levantei-me e puxei-a para mim. Ela esboçou um grande sorriso, aquele tipo de sorriso que uma criança tem quando se lhe dá um doce para o qual ela tanto fez birra.

Dei-lhe o doce de uma forma algo dura, mas muito intensa, muito "fisica", porque o tempo disponivel não era muito, mas principalmente porque ela o exigia. Conseguia ver nos seus olhos as chamas do desejo!

Saí antes que o Duarte voltasse, pensando no que tinha feito... A consciência pesava-me. Semanas mais tarde voltei a casa deles, pois ele perguntava-me porque nunca mais tinha aparecido, mas de cada vez que ela o apanhava distraído, ora roçava-se em mim, ora me provocava com o olhar, ora me fazia gestos bastantes explicitos com a boca...

Deixei de lá ir a casa, perdi o amigo, e perdi-a a ela.

Em certas batalhas, a derrota é nossa única saída...

3 comentários:

Jardineiro disse...

nao entendo isso como uma derrota total e sim uma parcial...
por um lado perde-se um amigo...
mas por outro lado consegue-se manter no fim a integridade...
Perde-la a ela? Nunca se poderia dizer que seria realmente tua, pois fazendo-lhe isso a ele, seria certo que o faria a ti tambem...
Quem o faz uma vez, consegue faze-lo novamente...

Elefante das Neves disse...

Há que colocar os pontos nos sítios. Costumo dizer que "não quero saber do passado, só me interessa daqui em diante", mas há casos em que, logo à partida se observa que as pessoas são "marca car@lho"... isso não é uma perda, é uma benesse!

Angélika disse...

Ela só queria brincar com um brinquedo novo. Isso é mais que óbvio!

FG.