terça-feira, 1 de julho de 2008

Priscilla

Por vezes uma mulher consegue surpreender-me e deixar-me completamente atónito. A sério, juro que sim!

A Priscilla namorava um certo rapaz há mais de 3 anos. Ela tinha uma relação com o seu namorado aparentemente normal. No entanto, segundo ele me confidenciou, ela tinha nojo de lhe fazer sexo oral, inclusivé, depois das relações, ela sentia a necessidade de se ir lavar toda, nem ficava ali um pouco nos amassos... E sexo anal era um TABU que nem se podia falar por entre os lençóis.

Até aqui tudo bem, não sou da opinião de se obrigar alguém a fazer algo que não gosta. Não gosta paciência, há outras maneiras de nos satisfazermos. E odeio quem faz chantagem emocional para conseguir certos favores sexuais!

No entanto a surpresa vem já a seguir... A relação com o meu amigo acabou naturalmente, e meses mais tarde, a Priscilla arranjou um outro namorado. Modelo profissional, jurava-lhe amor eterno, muito romântismo, etc. Enfim toda a tipica cantiga do bandido habitual de quem passa a vida a coleccionar mulheres conquistadas, como um miudo anseia por encher a sua caderneta de cromos.

E pelos vistos, esta Priscilla era um cromo raro. Não é que na primeira relação com este modelo, fez tudo o que nunca fez com o meu amigo? Sexo oral sem protecção, anal sem protecção... Enfim, ofereceu o cardápio completo a um gajo que sabia ter tido "N" gajas antes, e tudo sem se proteger.

Não entendo. Ela de um lado da balança tinha um gajo que conhecia perfeitamente, tinham feito todos os testes, e mesmo assim tinham 1001 precauções juntamente com o factor nojo.

Do outro lado, tem um gajo, assumidamente mulherengo, com quem gosta de se relacionar sem qualquer protecção, que não conhece de lado algum, e entrega-se assim. Algo não bate certo! Obviamente, que ele mal a conquistou, colou o cromo na caderneta e partiu á procura do próximo cromo.

O Jardineiro classificaria este gajo como uma Droseraceae Drosera, uma planta carnívora que atrai os insectos com o seu brilho exterior, e estes ao poisarem ficam irremediavelmente presos ás suas folhas pegajosas. Quanto mais se debaterem mais presos ficam. Até que os matam para os começarem a digerir.

O triste desta história toda, além da desilusão que ela teve, foi a doença que ela apanhou, Hepatite C.

Quem vê caras não vê corações...

2 comentários:

Jardineiro disse...

essa planta é uma boa comparação para o exemplo que descreves...

e é um "mal da sociedade moderna"...

Angélika disse...

Algo vai mal...

FG.

Sim estou viciada na vossa escrita. Amo ler, amo escrever.)