domingo, 22 de junho de 2008

Cristina

Dona de uma silhueta elegante, era discreta, era controlada... ponderada, de um equilíbrio avassalador! Via-a como alguém desconcertante mas natural... a figura dela, alta, morena e de cabelos longos, encaixava na perfeição com a sua forma de ser, da maneira que uma mulher deve de ser, um misto de elegância e mistério... o mal de uma mulher assim? É um homem nunca saber qual é a altura correcta, nunca ter a certeza de nada... estar num limbo de desconhecimento e indecisão... sim, não?... hoje, amanhã, talvez depois?
Sim, a Cristina era uma mulher e tanto, uma das poucas que, apesar da minha crónica mania de aparecer e desaparecer ao longo do tempo, tem uma, chamemos-lhe, especial "atenção" da minha parte. Sem que ela o soubesse, o nosso convívio, foi a âncora de realidade de que tanto precisava numa altura em que nada parecia fazer sentido, ter razão ou motivo... um verdadeiro porto de serenidade... quando se fala de uma mulher de vestes longas, elegante e serena, é a Cristina que vejo de longo vestido até aos pés... a sua imagem de marca!

3 comentários:

Jardineiro disse...

ainda vao existindo ancoras que nos mantem fixos a realidade... felizmente ;)

Anónimo disse...

Todos nós temos o nosso amor platónico, a nossa relação utópica...

Elefante das Neves disse...

Não diria amor, mas antes um "qualquer coisa" platónico, uma empatia que era apenas e só isso mesmo, empatia.