domingo, 22 de junho de 2008

Justina

Anos se passaram desde que a Justina passou pelo meu jardim…
Qual buganvília que se agarra a uma base e se vai enrolando na mesma…
Assim foi marcada a sua passagem…
Após uma adesão a uma base que apareceu, foi criando forças e desenvolvendo os seus ramos… as suas flores brilharam com força e intensidade…ate terem alcance para atingir uma nova base… uma base mais alta e mais resistente…
Assim começou a sua transição ao fim de um ano e meio… os seus ramos tocaram uma nova base e cresceram na sua direcção… a sua relação com o seu novo hospedeiro foi crescendo, assim como ela na sua vida…
Aos poucos foi largando as antigas raízes ate abandonar o jardim onde havia estado até então…
Agora repousa em um novo jardim… vivendo a vida que desejara até então…
O local onde tinha as suas raízes cravadas, permanece lá… já esbatido pelo tempo…
As paredes que trepou continuam a ter as suas marcas… a chuva que cai não as leva…
Mas interrogo-me…?

... "Será que as suas flores se recordam de onde vieram antes?"

8 comentários:

Anónimo disse...

A relva no outro lado é sempre mais verde que a nossa... Sempre ouvi dizer isso!

Jardineiro disse...

depende de quem ve a relva... :)

Elefante das Neves disse...

Perguntas bem... essa pergunta só a Justina conseguirá responder... agora, podemos sempre, na dúvida, acreditar que sim. Doí menos... e também é verdade que se lembram (apesar de nunca o admitirem).

Jardineiro disse...

essa pergunta nunca lhe irei fazer... foi a demasiado tempo...
o seu rasto a muito que desapareceu da minha vista...
e essa pergunta, não é algo que me aflija :)

Elefante das Neves disse...

Ainda bem que assim é. Poucas coisas são mais massacrantes a longo prazo que a dúvida da resposta ;)

Anónimo disse...

Ás vezes é igualmente mau termos uma pergunta, já sabermos a resposta e não o querermos encarar... Mas isso é outro assunto. :)

Elefante das Neves disse...

Outro assunto... outro post ;)

Elefante das Neves disse...

Prefiro ter as respostas, por muito dolorosas que possam ser... encerro o assunto, deixo de pensar nos "e se..."