domingo, 29 de junho de 2008

Paula

Não vou mentir. Tive alturas na minha vida em que precisava mesmo de ter alguém, e a falta de mulheres na minha vida desesperava-me tremendamente. Parecia que nada dava resultado e então, decidi usar a arma do desespero, como uma bomba atómica usada em ultimo recurso...

Meti um anúncio numa dessas revistas cor-de-rosa, pedindo novas amizades e quem sabe, algo mais. Quem sabe não, era mesmo que eu queria. Algo mais! Coloquei o anúncio e esperei. Nos primeiros dias fui completamente abalroado de mensagens no telemóvel. Naturalmente que algumas pessoas ficaram interessadas e por outro lado, outras deixaram de comunicar comigo.

Até que apareceu a Paula. Após uma mensagem dela a dizer que estava interessada em conhecer-me melhor, perguntei-lhe como ela era, na esperança que ela desenvolvesse assunto.

Como resposta, em vez do que lhe tinha perguntado, recebi antes isto:
-Olha, f*des bem? É que se f*des bem eu fico contigo já, não precisamos de mais conversa!
Mas que raio... Onde pára o romantismo? Onde pára aquela conversa fiada do "Ai e tal és tão bonito, tens os olhos tão giros." Nos tempos que correm o que realmente conta é a performance sexual, querem lá saber se sou gordo, magro feio ou bonito.

Já dizia o outro: A fé move montanhas mas os apressados preferem sempre a dinamite...

2 comentários:

Elefante das Neves disse...

Mais directo seria impossível!

Jardineiro disse...

seria algo que para mim nao dava...
nao dispenso o romantismo...
ou nao fosse eu um romantico incuravel...

nao gosto de "ofertas" assim do nada...